Prêmio
104-1 | Diversidade filogenética e estrutura genética de Klebsiella pneumoniae da microbiota normal e de efluentes hospitalares associados aos perfis de resistência aos antimicrobianos. | Autores: | Machado, C.S. (FIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz) ; Nascimento, A.P. (FIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz) ; Nascimento, P.M (FIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz) ; Clementino, M.M. (FIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo CruzFIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz) |
Resumo Klebsiella pneumoniae é reponsável por 75-80% de infecções hospitalares e comunitárias em todo o mundo. A associação entre a variabilidade genética de virulência e transmissibilidade de K. pneumoniae não é bem compreendida, entretanto, há evidências do comportamento diferenciado de cepas geneticamente heterogêneas. Estudos na Europa classificaram isolados clínicos de K. pneumoniae em três grupos filogenéticos, KPI, KPII e KPIII, pela análise das seqüências dos gene gyrA. Além do ambiente hospitalar, K. pneumoniae está presente em muitos outros ambientes inclusive no efluente hospitalar, que devido sua composição gera uma pressão seletiva capaz de provocar aumento no padrão de resistência e virulência das populações bacterianas. Os objetivos desse estudo foram a determinação da distribuição dos grupos filogenéticos de K. pneumoniae da microbiota normal e do efluente hospitalar associados aos perfis de resistência aos antibióticos. Foram analisadas 102 amostras fecais de indivíduos saudáveis que resultaram no isolamento de 44 K. pneumoniae. A amostra do efluente de uma estação de tratamento de esgoto (ETEH) no Rio de Janeiro resultou em 32 isolados. As 72 cepas foram identificadas como K. pneumoniae pela PCR utilizando iniciadores específicos. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizada pelo método de disco difusão em ágar. Os isolados da microbiota normal apresentaram altas taxas de susceptibilidade aos 12 antibióticos testados, ao contrário dos isolados do efluente, onde alguns apresentaram resistência a diferentes classes de antibióticos. A análise filogenética da microbiota normal revelou a presença de isolados representantes do grupos filogenéticos KPI e KPIII, sendo o grupo KPI com o maior número de representantes, 18 isolados (40%). A topologia da árvore mostrou também a presença de um outro grupo (12/27,2%) ainda não descrito na literatura. No Brasil, são poucos grupos de pesquisadores envolvidos nessa linha de pesquisa com isolados de K. pneumoniae de origem clínica e da microbiota normal. No entanto, não temos conhecimento de nenhum grupo investigando as relações filogenéticas de K. pneumoniae do efluente hospitalar e da microbiota normal, simultaneamente. A determinação da diversidade genética associada à resistência aos antibióticos desses isolados, certamente poderão proporcionar um melhor conhecimento de sua distribuição e de suas características epidemiológicas. Palavras-chave: Klebsiella pneumoniae, Diversidade filogenética, microbiota normal, efluentes hospitalares, perfis de resistência |